Olá! Seja Bem-vindo!

Demanda por cloro e soda cresce pelo 2º ano seguido


24/03/2023


A produção nacional de cloro e soda cáustica, insumos essenciais para diferentes indústrias, cresceu pelo segundo ano consecutivo em 2022, mas ainda não voltou aos níveis pré-pandemia. Com 1,016 milhão de toneladas, o volume produzido de cloro avançou 8,6% frente a 2021, enquanto o de soda cáustica, que é obtida simultaneamente, cresceu 8,9%, a 1,113 milhão de toneladas, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).

Com isso, a taxa de utilização da capacidade instalada na indústria subiu de 66% para 72%, indicando que há espaço para atender à demanda futura. Maior produtora da América do Sul, a Unipar encerrou 2022 com resultado recorde e taxa média de ocupação nas fábricas do Brasil e da Argentina de 84%, a maior de sua história.

“O setor ainda está se recuperando da queda forte durante a pandemia, mas isso indica que houve retomada no setor produtivo”, diz o presidente-executivo da entidade, Milton Rego. Celulose e papel, mineração, petróleo e gás e farmacêutico, entre outros setores, são clientes da indústria. Para 2023, a expectativa é de nova rodada de aumento de produção. “Neste momento, tudo leva a crer que a indústria manterá as taxas de crescimento”, afirma o executivo.

Cíclico, o consumo de cloro tem forte correlação com a demanda de PVC - o cloro é matéria-prima - e, no ano passado as importações da resina cresceram a partir de sua inclusão na Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum (Letec), do Mercosul.

Ao mesmo tempo, os preços internacionais do PVC e da soda cáustica sofreram correção com a maior oferta a partir da China e dos Estados Unidos. Essa dinâmica acabou afetando o desempenho da indústria brasileira, em particular no último trimestre. “Houve aumento da competição internacional e os preços recuaram com o excesso de oferta. Agora, há acomodação do mercado”, diz Rego.

Além de cloro e soda cáustica ou potassa, a indústria é produtora de hidrogênio, com cerca de 40 mil toneladas no ano passado. A partir do momento em que as fábricas passam a usar energia renovável, elas se tornam produtoras também de hidrogênio verde, que vem sendo apontado como o combustível do futuro.

“O Brasil tem um potencial enorme de produção de hidrogênio verde e tem de caminhar nessa direção. É uma ferramenta importantíssima para a descarbonização, mas ainda estamos longe de resolver todas as questões, como a logística do hidrogênio verde, por exemplo”, observa o presidente da Abiclor.

Fonte : valor.globo.com


Mais Vendidos